Felipe Melo pode completar 100 jogos pelo Fluminense e se declara: “Relação de muito amor”

No dia 13 de dezembro de 2021, o Fluminense anunciou a contratação de Felipe Melo. E o resto é história. Uma história que continua sendo escrita e pode ganhar mais um importante capítulo nesta quarta-feira (22/05), quando o Time de Guerreiros enfrenta o Sampaio Corrêa-MA às 19h, no Maracanã, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Se entrar em campo, o capitão tricolor completará 100 partidas pelo clube.

A marca, para Felipe Melo, reflete seu empenho diário em se doar ao máximo para o clube que lhe abriu as portas. Campeão da Conmebol Libertadores 2023, da Conmebol Recopa 2024 e bicampeão carioca (2022 e 2023), o zagueiro pode viver mais uma noite especial vestindo verde, branco e grená.

“Para mim, completar 100 jogos por um clube histórico como o Fluminense é motivo de muito orgulho e muita satisfação. Mais ainda por eu estar próximo de completar 40 e podendo atuar em alto nível, ter um bom rendimento e ajudar a equipe dentro e fora de campo. Então, para mim é motivo de muito orgulho mesmo. O Fluminense significa muito para mim, é o clube que me deu a oportunidade de atuar com 39 anos, em vias de completar 40, com alguns títulos de bastante expressão. É um dos clubes mais importantes da minha carreira futebolística. Claro que existem outros clubes que tenho muito carinho, mas sem dúvidas o Fluminense está entre os três clubes mais históricos da minha carreira, por tudo o que representa hoje e por tudo o que fizemos juntos até então, com muita esperança de continuarmos conquistando e fazendo história aqui”, afirmou o camisa 30.

Eternizado na história como ídolo do clube, Felipe Melo é um dos grandes personagens de uma era vitoriosa do Fluminense. E os números provam isso. Para além dos títulos, o zagueiro possui estatísticas que impressionam. Nos 99 jogos em que atuou, foram 63 vitórias, 15 empates e 21 derrotas, contabilizando um aproveitamento de 68,7%. O capitão tricolor marcou três gols pelo clube.

Sua importância dentro e fora dos campos rendeu a Felipe Melo o status de ídolo do clube. Para o volante, um motivo de muita emoção, que só fortalece os laços de carinho que possui com a torcida.

“Essa relação é uma relação de muito amor. A torcida sempre se manteve firme no apoio a mim, em alguns momentos recebi algumas vaias, mas mesmo as vaias vieram para que pudesse despertar algo melhor para o Fluminense. Por isso eu tenho um carinho especial pela torcida do Fluminense, por isso que eu amo a torcida do Fluminense, e olha que é difícil eu dizer que amo alguma torcida. Mas não posso deixar de falar do amor e gratidão que tenho, um amor que culminou em muitos títulos”.

Nesta quarta, Felipe Melo vai em busca de mais um triunfo com o Fluminense. Após vencer o jogo de ida por 2 a 0, o Time de Guerreiros está próximo da classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil. No entanto, apesar da vantagem, o zagueiro alerta para os perigos que uma competição de mata-mata pode oferecer.

“A gente venceu por 2 a 0 o primeiro jogo contra o Sampaio Corrêa. E já tive uma experiência bem amarga, de vencer fora de casa um clube que estava na Segunda Divisão e em casa, infelizmente, perder. Então a gente sabe que hoje não tem bobo no futebol. Temos que entrar com a mesma garra que entramos em um clássico, entendendo que do outro lado existem profissionais que querem de qualquer forma ganhar o nosso espaço, que querem se classificar. Vamos jogar em casa, com a nossa torcida, e temos que fazer o melhor, jogar como uma final de campeonato. Para nós é uma final. Esperamos entrar dentro de campo e correr muito sem a bola, e com a bola ter a alegria para jogar futebol, o futebol que encantou o país e que possamos continuar encantando, fazendo gols e sem tomar gol. Vai ser uma batalha, não será fácil, mas nós somos Fluminense. E a gente almeja coisas importantes. Para isso temos que vencer, respeitando muito o adversário. Vamos demonstrar o máximo respeito e humildade, correndo muito dentro de campo para defender o nosso resultado”, analisou.

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA DE FELIPE MELO

Luta por títulos

Começando agora esse terceiro ano, foram anos que pude viver de tudo no Fluminense e provar um pouquinho de cada coisa aqui. Lembro de quando cheguei ao Fluminense e tinha algum tempo que não sentia o gosto de ser campeão carioca e, assim que cheguei, na minha entrevista de apresentação, eu falei que tinha vindo para o Fluminense para ajudar o time a conquistar todos os campeonatos possíveis. Eu lembro daquelas risadinhas, jornalistas com aquela risada de canto de boca, mas eu falei aquilo com um sentimento de muita fé, muita esperança de que de fato poderíamos conquistar grandes coisas juntos aqui no Fluminense, e obviamente meu objetivo era chegar aqui e já conquistar esse título que não conquistamos há muitos anos.

Carioca de 2022

Eu sabia da história do Fluminense, não precisei estudar, sabia que era um ano importante e que precisaríamos vencer, pois seríamos campeões cariocas, mas também impediríamos um rival de alcançar um feito nosso, de ser tetracampeão seguido. Nesse meio tempo, perdemos a classificação para a fase de grupos da Libertadores, veio a cobrança da nossa torcida, mas ainda com a esperança de que grandes coisas iriam acontecer, e foi o que aconteceu. Conquistar o Carioca depois de tantos anos, que para mim foi muito importante, muito especial e muito gratificante.

Sacrifícios e recompensa

Eu tinha prometido aos meus pais, que são tricolores, que eu daria a minha vida dentro de campo pelo Fluminense para conquistar troféus importantes, e foi o que aconteceu. Eu coloquei o Fluminense acima da minha saúde, e eu falo isso com uma satisfação tremenda. Aquele primeiro jogo da final, que vencemos por 2 a 0, eu consegui ficar até o final do jogo, mas tive um problema logo no início no joelho, que era para eu ter saído, mas não saí e aí agravou, não consegui jogar o segundo jogo da final, empatamos e fomos campeões, e eu fiquei um bom tempo sem jogar. Técnico mudou, chegou o Diniz, e eu demorei um bom tempo para voltar, porque desde o momento que me lesionei, aos 10 minutos do primeiro tempo, até o final do jogo, eu só agravei a situação do meu joelho e paguei um preço importante para voltar. Quando eu voltei, voltei não no ideal, sentindo muitas dores e muitas dúvidas, mas sempre com fé de que grandes coisas iriam acontecer. Nesse tempo eu provei um pouco da vaia, da cobrança do torcedor, que é válida também, mas sempre com a cabeça de dar a volta por cima, e foi o que aconteceu.

Bicampeonato Carioca e idolatria

No segundo ano já consegui começar bem, jogando, tive meu primeiro jogo como titular logo na estreia da Libertadores, com uma vitória fora de casa, e o segundo foi a volta da final do Carioca, que precisávamos reverter o 2 a 0, no qual eu não estava. Ter participado dessa conquista e ter participado do terceiro gol, que era necessário para ganhar o título, foi motivo de muito orgulho e a volta por cima de alguém que nunca desistiu. Quando alguém me fala que virei ídolo, é um motivo de muito orgulho e de muita emoção, tenho vontade de chorar, fico muito emocionado, porque só Deus sabe o quanto trabalhamos para poder alcançar esse feito, de poder ser considerado um ídolo pela torcida do Fluminense. Isso é algo indescritível, que toda vez que penso ou falam eu fico emocionado.

Fotos: Marcelo Gonçaves e Lucas Merçon/FFC
Texto: Comunicação/FFC

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